Em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado em 1.º de outubro desde que foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1991, o presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) participou de um evento realizado na Comunidade Souza Araújo. A solenidade contou também com a presença de Mariazinha Leitão, líder do Movimento Vidas Idosas Importam, que acompanhou o lançamento da campanha global “Caminhar com a Pessoa Idosa: Por Direitos, Inclusão e Equidade”.
Em sua fala, Mariazinha Leitão destacou os pilares da campanha: a urgência de garantir atendimento prioritário à pessoa idosa nos serviços públicos, o reconhecimento de seus direitos e a construção de uma sociedade mais inclusiva. A líder também compartilhou parte de sua trajetória pessoal, marcada por desafios, lutas e pela superação do câncer, reforçando a importância de dar visibilidade a histórias de resiliência e protagonismo da pessoa idosa.
Na ocasião, o presidente do CMDPI apresentou o papel do conselho e suas atribuições. “Este conselho foi criado exatamente para que possamos fiscalizar as políticas públicas voltadas à pessoa idosa e assegurar que as ações previstas sejam efetivamente executadas”, ressaltou. Ele acrescentou que, por meio de iniciativas como esta, é possível ampliar a divulgação de informações e conscientizar os idosos sobre seus direitos já garantidos em lei.
Mariazinha Leitão encerrou sua participação com uma reflexão simbólica: “Nossa existência é como uma poupança; se plantarmos boas ações durante a juventude, colheremos frutos na velhice.” A metáfora destacou que os direitos da pessoa idosa não são concessões, mas conquistas que exigem respeito, reconhecimento social e vigilância permanente.
O significado histórico do Dia Internacional do Idoso
O Dia Internacional da Pessoa Idosa foi proclamado pela Assembleia Geral da ONU em 14 de dezembro de 1990, e sua primeira celebração ocorreu em 1991. O objetivo da data é conscientizar a sociedade para os desafios enfrentados pelos idosos e promover a defesa de seus direitos fundamentais. Wikipédia
A data serve como ponto de convergência para eventos, campanhas, debates e ações de mobilização que reforçam a importância de garantir que as pessoas, ao longo do tempo, possam envelhecer com respeito, cidadania e acesso efetivo aos seus direitos.
Desafios atuais e perspectivas de avanço
Embora existam leis e mecanismos de proteção, persistem desafios significativos:
- Desconhecimento dos direitos: muitos idosos desconhecem o Estatuto do Idoso ou não têm informação suficiente para reivindicar seus direitos;
- Barreiras de acessibilidade: locais públicos, transportes e equipamentos urbanos frequentemente não contemplam adaptações necessárias;
- Violência e abuso: negligência, abuso psicológico, financeiro ou físico ainda são problemas graves pouco notificados pela própria vítima por medo ou vergonha. A OMS define a violência contra a pessoa idosa como “ato único ou repetido (…) que causa dano ou sofrimento” em relação com alguém em posição de confiança. Wikipédia
- Recursos orçamentários insuficientes: muitos municípios não alocam verba adequada para serviços e programas voltados ao idoso;
- Integração intersetorial frágil: saúde, assistência social, cultura e mobilidade precisam atuar de forma articulada para atender as demandas da população idosa.
Para superar tais obstáculos, é fundamental:
- intensificar campanhas de divulgação dos direitos do idoso;
- fortalecer os CMDPIs, capacitá-los e garantir autonomia funcional e orçamentária;
- estimular a participação ativa da população idosa nos processos de decisão;
- promover parcerias entre poder público, sociedade civil e iniciativa privada;
- acompanhar e avaliar os resultados das políticas públicas destinadas à pessoa idosa de forma transparente.
Considerações finais
A presença do CMDPI e do Movimento Vidas Idosas Importam na Comunidade Souza Araújo reforça a ideia de que a luta pelos direitos da pessoa idosa deve ser visível, contínua e participativa. O evento destacou que garantir dignidade ao idoso não é apenas gesto de benevolência, mas dever democrático e legal.
Que esta data (1.º de outubro) sirva não apenas para homenagens simbólicas, mas como ponto de partida para novas ações, reformas e compromissos concretos. Que possamos caminhar juntos por uma sociedade em que envelhecer signifique ser respeitado, incluído e valorizado em todas as fases da vida.

















